STliz | |||||||||
emanuel dimas de melo pimenta concerto | filme world première celebrando duzentos anos de Franz Liszt fano | marche | itália | 21.01.2012 teatro della fortuna - sala verdi francesco cuoghi - guitarra e live electronics maurizio barbetti - viola |
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STliz
foi composta durante o ano de 2011, e concluída no dia
vinte e dois de outubro, a exatos duzentos anos do nascimento
de Franz Liszt. O título da peça é um anagrama
bem humorado do nome de Liszt, com as duas primeiras letras maiúsculas,
como abreviação de Saint, ou santo, em inglês. Liszt foi não apenas um formidável virtuoso, como também um revolucionário compositor. Em 1875, Liszt compunha a sua célebre Bagatela sem Tonalidade, antecipando em quase quarenta anos o Pierrot Lunaire de Arnold Schoenberg, estreado em 1912. Liszt tinha então sessenta e quatro anos e tinha entrado para o mosteiro Madonna del Rosário, próximo de Roma. Franz Liszt morreu em julho de 1886, aos setenta e quatro anos de idade. Poucas semanas antes de morrer, Liszt compôs a sua última peça, uma canção: Ne Brani Menya, moy Drug, a sua única canção em russo. O título da peça é parte de "O Homem Cego" - poema de Alexey Konstantinivich Tolstoi, primo afastado de Leon Tolstoi, Um fragmento do poema de A K Tolstoi foi usado como letra da canção. Ne Brani Menya, moy Drug significa "Não me censure, meu amigo". STliz foi inteiramente composta a partir da última canção de Liszt. É dedicada ao músico Francesco Cuoghi. STliz tem a duração total de sessenta minutos. É uma longa peça, muito monótona, onde a nossa capacidade de concentração é colocada em questão. A versão para a premiere mundial em janeiro de 2012 tem apenas dez minutos. Ela ainda possui um filme, com o mesmo título, elaborado com as cores geralmente usadas na televisão. A peça musical é composta por dois sistemas - uma "base" eletrônica, trabalhada sobre a peça de Liszt e outro sistema, de improvisação, aberto a qualquer número de instrumentos. A partitura do segundo sistema é um mapa contendo barras (ou campos) e pontos. As barras (ou campos) indicam "eixos de atração", aos quais cada instrumento deverá girar em torno. Esses "eixos de atração" podem ser definidos por notas musicais, tonalidades, modos ou até mesmo ragas. A escolha do quê cada barra virá a ser dependerá da análise e reflexão dos músicos sobre o primeiro sistema, digital. Cada campo é dividido em seis sub-campos, que poderão ou não ser utilizados pelos músicos. Uma vez definidas as barras, cada instrumentista deverá desenhar o seu percurso sobre o mapa. Para o fazer, deverá desenhar uma trajetória a partir dos pontos que estão espalhados sobre o plano. Esses pontos foram determinados a partir de um mapa das estrelas no céu Polo Norte. |